Então ... esse exame é de extrema importância para a mãe e o bebê . E meu convênio não cobre esse exame e a ANS também não. Isso pasmem a Agência Nacional de Saúde não determina que os convênios particulares realizem esse exame. Mas o que é esse exame? Por que ele é importante ?
Antes disso, já vou adiantar que encontrei o exame pela bagatela de R$ 19,00 no laboratório Lavoisier que tem preços populares. http://www.lavoisier.com.br/
O que é o Estreptococos do grupo B
http://www.mdsaude.com/2013/08/estreptococos-b.html
O Estreptococo do grupo B (Streptococcus agalactiae) é uma bactéria comum, presente na região genital de 1 em cada 3 mulheres grávidas. O Streptococcus agalactiae
é normalmente inofensivo em adultos e em indivíduos saudáveis, porém,
pode causar doença grave em bebês e pessoas com sistema imunológico
comprometido, incluindo neste grupos pacientes com diabetes grave,
câncer e problemas do fígado.
Apesar de ser encontrado habitualmente na região genital feminina, o
Estreptococo do grupo B não é uma DST, ou seja, não é uma bactéria
transmitida pela via sexual. A maioria das mulheres com a região vaginal
colonizada foi contaminada por Estreptococos que vieram dos seu próprio
intestino ou da região retal.
Nos recém-nascidos, a infecção pelo Streptococcus agalactiae
pode ocorrer ainda dentro do útero, por invasão do líquido amniótico,
conhecido popularmente como bolsa d’água, ou somente na hora do parto,
durante a passagem pela canal vaginal. Esta última via é a mais comum.
O Estreptococos B é diferente das outras espécies de Estreptococos
que habitualmente provocam doenças, como pneumonia, meningite,
amigdalite, escarlatina, impetigo, etc.
Exemplos de Estreptococos diferentes do Streptococcus agalactiae
1. O Estreptococos do grupo B pode até causar pneumonia ou meningite
em recém-nascidos, mas a espécie de Estreptococos mais relacionado a
estas infecções nos adultos é o Streptococcus pneumoniae, também conhecido como pneumococo (leia: PNEUMONIA | Sintomas e tratamento e MENINGITE | Sintomas e vacina).
2. O Streptococcus viridans é uma outra espécie, diferente do Estreptococos do grupo B, que costuma estar relacionado à endocardite infecciosa (leia: ENDOCARDITE BACTERIANA | ENDOCARDITE INFECCIOSA).
3. O Estreptococos do grupo A, conhecido com Streptococcus pyogenes é responsável por diversas doenças, entre elas:
- Faringites e amigdalites (leia: DOR DE GARGANTA | FARINGITE | AMIGDALITE).
- Erisipela (leia: ESCARLATINA | Sintomas e tratamento).
- Escarlatina (leia: ERISIPELA | CELULITE | Sintomas e tratamento).
- Impetigo (leia: IMPETIGO | Sintomas e tratamento).
- Febre reumática (leia: FEBRE REUMÁTICA | Sintomas e tratamento).
- Faringites e amigdalites (leia: DOR DE GARGANTA | FARINGITE | AMIGDALITE).
- Erisipela (leia: ESCARLATINA | Sintomas e tratamento).
- Escarlatina (leia: ERISIPELA | CELULITE | Sintomas e tratamento).
- Impetigo (leia: IMPETIGO | Sintomas e tratamento).
- Febre reumática (leia: FEBRE REUMÁTICA | Sintomas e tratamento).
Infecção pelo Estreptococos do grupo B durante a gravidez
A infecção pelo Streptococcus agalactiae durante a gravidez está associada a uma variedades de potenciais riscos, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Infecção urinária por Streptococcus agalactiae na gravidez
Entre 10% a 30% das grávidas apresentam colonização da urina pela bactéria Streptococcus agalactiae.
Em algumas destas gestantes, a bactéria provoca infecção da bexiga,
conhecida como cistite, ou pielonefrite, que é a infecção dos rins. A
maioria das pacientes, porém, não apresenta infecção urinária, apenas
colonização da urina pelo Estreptococos do grupo B.
O problema é que a bacteriúria assintomática, nome dado à simples
presença da bactéria na urina sem sinais ou sintomas de infecção
urinária, é um grande fator de risco para complicações na gestação, tais
como, parto prematuro, aborto e contaminação do líquido aminótico.
Para saber mais sobre a infecção urinária na gravidez, leia: INFECÇÃO URINÁRIA NA GRAVIDEZ
Infecção do líquido aminótico pelo Streptococcus agalactiae
A infecção da bolsa d’água, chamada em medicina de corioamnionite, é
uma invasão bacteriana do líquido amniótico, membranas fetais ou
placenta. Os sinais e sintomas da corioamnionite incluem febre, dor no
útero, aumento da frequência cardíaca fetal e presença de pus no líquido
aminótico.
A infecção do líquido amniótico ocorre geralmente durante a rotura da
bolsa no início do trabalho de parto em mulheres colonizadas pelo
Estreptococos B. Trabalhos de parto prolongados, com várias horas de
duração, ou casos de roturas prematuras da bolsa, são aqueles com maior
risco. Todavia, a corioamnionite pode surgir antes da rotura da bolsa
d’água, como nos casos de grávidas com infecção urinária, principalmente
pielonefrite.
Infecção do útero pelo Streptococcus agalactiae
A infecção da parede do útero, chamada de endometrite, é uma
complicação que pode ocorrer após o parto das gestantes contaminadas
pelo Estreptococos do grupo B. Dor abdominal, febre e sangramento
uterino são sinais e sintomas que sugerem uma infecção no período
pós-parto.
Infecção do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B
Apesar dos riscos da mãe desenvolver complicações pelo Streptococcus agalactiae,
a grande preocupação é sempre a contaminação do bebê durante o parto. A
transmissão da bactéria se dá habitualmente após a rotura da bolsa ou
durante a passagem do bebê pelo canal vaginal.
As complicações derivadas da infecção neonatal podem ocorrer
precocemente, nas primeiras horas de vida do bebê, ou tardiamente,
somente semanas depois do parto.
A infecção precoce do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é
aquela que ocorre dentro dos primeiros 7 dias de vida, habitualmente
dentro das primeiras 24 horas, e se manifesta como um quadro de
pneumonia, meningite ou sepse sem ponto de partida definido (leia: O QUE É SEPSE | CHOQUE SÉPTICO?).
Febre, dificuldade para mamar e dificuldade respiratória são os
sintomas mais frequentes neste tipo de infecção. Crise convulsiva,
fraqueza ou rigidez muscular também podem ocorrer. A mortalidade nos
casos precoces é de cerca de 3% nos bebês nascidos com mais de 37
semanas e de 20% nos bebês prematuros.
A infecção tardia do recém-nascido pelo Estreptococos do grupo B é
aquela que ocorre após a primeira semana de vida. Sepse e meningite são
as apresentações mais comuns. A mortalidade nos casos tardios é de cerca
de 2% nos bebês nascido com mais de 37 semanas e de 6% nos bebês
prematuros.
É importante destacar que nem todo bebê nascido de mães colonizadas
pelo Estreptococos do grupo B irá apresentar problemas. Na verdade,
apenas 1 em cada 200 são infectados e desenvolvem doença.
Diagnóstico do Estreptococos do grupo B
Para impedir a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B é
importante que a bactéria seja identificada e tratada antes do trabalho
de parto. Durante a gravidez, toda gestante é submetida a um exame de
urocultura à procura de bactérias na urina (leia: EXAME UROCULTURA | Indicações e como colher).
Se for identificada bacteriúria, ou seja, presença de bactérias na
urina, o obstetra instituirá tratamento antibiótico adequado para
eliminação das mesmas.
Entre a 35ª e 37ª semanas de gestação os obstetras fazem habitualmente o exame do cotonete,
que consiste na obtenção de material da vagina e do ânus com uma
espécie de cotonete para pesquisar a presença do Estreptococos do grupo
B.
Se o exame for positivo, significa que a mãe está colonizada. De
forma imediata, porém, não há risco elevado nem para a mãe nem para o
feto, pois a contaminação do bebê ocorre, na imensa maioria dos casos,
somente no momento do parto. Estar colonizada pelo Streptococcus agalactiae
significa apenas que será necessária a administração de antibiótico
durante o parto para impedir a transmissão da bactéria para o feto.
O teste do cotonete só é feito no final da gravidez porque a
colonização da vagina pelo Estreptococos B pode desaparecer sozinha ao
longo da gestação. E mesmo que ele seja tratado no início da gravidez, a
bactéria pode retornar ao longo dos meses. Além disso, excetuando-se os
casos de infecção urinária, a grande maioria das mulheres colonizadas
não apresenta complicações durante a gravidez. Por isso, se o exame de
urina for negativo, ter a bactéria durante a gestação não acarreta em
maiores problemas. O importante mesmo é saber se o Estreptococos do
grupo B está presente na hora do parto, e não meses antes.
A coleta do material vaginal e retal é indolor e o resultado fica
pronto em 2 ou 3 dias. Não é recomendado banho ou higiene íntima antes
da coleta.
Tratamento do Estreptococos do grupo B
Toda mulher com teste do cotonete positivo deve ser tratada com
antibióticos no momento do parto. Sem antibióticos, cerca de 1 em cada
200 bebês fica doente com o Streptococcus agalactiae. Com o uso
de antibióticos, a incidência cai para 1 em cada 4000 recém-nascidos,
tornando, atualmente, a infecção neonatal pelo Estreptococos do grupo B
um evento raro.
O antibiótico é administrado por via venosa durante o trabalho de
parto. Os dois mais usados são a penicilina ou a ampicilina, que devem
ser administradas a cada 4 horas até o nascimento do bebê.
O tratamento com antibióticos não precisa ser feito se o parto for
cesariano e não houver rompimento da bolsa d’água. Neste caso, não há
risco das bactérias presentes no canal vaginal chegarem até o bebê.
Entretanto, se a bolsa romper antes da cesariana ser iniciada, a
administração de antibiótico está indicada.
Tanto a ampicilina quanto a penicilina são antibióticos seguros para o bebê.
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